As cirurgias eletivas feitas por meio de "mutirões" – neste caso, os procedimentos são feitos com verba extra do governo federal, além do já repassado para cirurgias comuns, com menos burocracia – estão suspensas no Paraná, por falta de repasse do Ministério da Saúde, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Segundo o governo estadual, os recursos para esse tipo de cirurgia não chegam desde outubro de 2014.
Muitas Regionais de Saúde (no estado, são 22) liberam cirurgias eletivas apenas por meio dos mutirões. É o caso da 17ª, que abrange 20 municípios da região de Londrina, no norte do estado – por lá, todas as cirurgias eletivas estão canceladas, por ora, segundo a diretora, Teresinha de Fátima Sanches.
"Estamos fazendo um levantamento de todas as cirurgias eletivas marcadas no municípios da Regional para que possamos resolver o problema. Em 2013 e 2014, apenas 40% do recurso foi repassado. Temos o problema que essas cirurgias demoraram tanto que as pessoas morreram, fizeram por outros meios, viraram casos urgentes. Então, precisamos suspender para colocar tudo em ordem", explica a diretora.
Os pacientes que estão em espera na 17ª Regional de Saúde para cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem esperar para que todos os pedidos sejam colocados em uma planilha e, depois, organizados em ordem. Não há previsão de quando os procedimentos serão retomados, diz a diretoria.
A Sesa afirma que aguarda o repasse nos próximos 30 dias, já que não há prazo acordo entre os governos para o recebimento da verba. O Ministério da Saúde afirmou que está averiguando todas as planilhas de repasses ao Paraná para confirmar se houve falha ou não. Até as 19h30 desta quarta-feira (7), porém, não havia resposta. O governo federal não confirmou se a verba destinada a cirurgias eletivas de mutirão foi enviada ao estado no prazo correto.