Família autoriza, e seis pessoas são beneficiadas com doação de órgãos

A vítima ficou internada no Hospital São Paulo, em Umuarama, durante uma semana, depois de ter sido atropelada por uma moto. Com a morte cerebral constatada e a autorização da família, uma equipe do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, foi chamada para realizar a retirada de órgãos.  "Esse foi um ato de carinho que a família teve em um momento díficil e que, com certeza, vai salvar muitas vidas a partir deste momento", diz o médico Luiz Gustavo, integrante da equipe responsável pelo transplante.

A cirurgia durou cerca de cinco horas e as caixas com os órgãos foram levadas de avião para São Paulo e Curitiba. O fígado foi transplantado em um paciente de São Paulo; duas mulheres do Paraná receberam os rins; os transplantes de córnea e coração ainda não foram realizados, porque dependem de exames de compatibilidade.
De acordo com a Central de Transplantes do Paraná, o estado tem quase duas mil pessoas esperando transplantes. Em contrapartida, o número de doadores ainda é baixo, porque há poucas famílias que aceitam doar órgãos dos parentes. Nos primeiros nove meses de 2013, a Central registrou 170 doadores no estado e houve 117 casos que a família não autorizou a retirada.