Um levantamento indica que aproximadamente 10% da população brasileira sofre de hiperidrose, doença causada pelo suor excessivo que é agravada pelo estresse. O levantamento também mostra que 71% desse total nunca procurou o médico por isso, o que mostra que a doença não é reconhecida como tal.
A pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos a pedido da farmacêutica Galderma, foi dividida em duas fases. Na primeira, foram feitas 1.000 entrevistas em 70 municípios das cinco regiões do país, com o objetivo de avaliar a prevalência do problema.
Do total de entrevistados, 43% citaram as axilas como áreas do corpo em que o suor está mais presente. E 44% nunca tentaram nenhum tratamento para amenizar o desconforto.
Na segunda fase da pesquisa, um levantamento qualitativo foi feito apenas com os indivíduos que sofrem de hiperidrose e suas mães, além de médicos especializados. O resultado é um raio-X do problema no país.
"Eu sentia raiva, muita raiva, não entendia como um ser humano podia suar tanto", afirmou um dos jovens ouvidos. As entrevistas mostram como a hiperidrose altera as relações sociais e a rotina das pessoas. Muitas levam roupas no carro ou na mochila para se trocar ao longo do dia.
O médico Alexander Filippo, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, relata que o problema, de modo geral, tem início na adolescência. Mas a busca por algum tipo de tratamento ocorre mais tarde, entre 30 e 40 anos, quando o excesso de suor começa a afetar o indivíduo profissionalmente.
A hiperidrose pode ser causada por fatores genéticos, mas também pode ter relação com outros fatores, como hipertireoidismo e menopausa.