A Justiça Federal no Paraná decretou a prisão preventiva do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa na noite de segunda-feira (24) a pedido da Polícia Federal (PF).
De acordo com a PF, o ex-diretor está ligado a um esquema de lavagem de dinheiro que foi combatido pela Operação Lava-Jato, deflagrada no dia 17 de março em seis estados brasileiros e no Distrito Federal. Costa tinha sido preso temporariamente na quinta-feira (20), no Rio de Janeiro e, na noite seguinte, foi transferido para a carceragem da PF em Curitiba.
Durante a operação Lava-Jato, 24 suspeitos de envolvimento no crime de lavagem foram presos. O esquema criminoso, segundo a polícia, movimentou R$ 10 bilhões.
O ex-diretor também é investigado pela compra pela Petrobras de uma refinaria de petróleo de Pasadena, no Texas (EUA), segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Após uma disputa judicial com um sócio belga, a estatal brasileira foi obrigada a adquirir a totalidade da planta norte-americana por US$ 1,18 bilhão, valor considerado superestimado no mercado. O negócio é alvo de investigações da PF, do MPF e do Tribunal de Contas da União. A Procuradoria alegou que o suposto envolvimento de Costa no caso está sob sigilo e não deu detalhes.
Durante a operação Lava-Jato, a polícia atuou em 17 cidades do Paraná, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal. As investigações eram realizadas desde 2013 e correm em segredo de Justiça.
O montante bilionário foi arrecadado em três anos, segundo a PF. O suspeito de chefiar a quadrilha foi preso no Distrito Federal. O doleiro Alberto Youssef, que mora em Londrina, no norte do Paraná, foi preso em São Luís e também é suspeito de comandar a quadrilha.
Ainda conforme a PF, a quadrilha envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes, segundo a PF.