Emprego na indústria recua 0,3% em setembro, apura IBGE

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O emprego na indústria recuou 0,3% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro de 2011, o emprego industrial apontou queda de 1,9% em setembro deste ano, no 12º resultado negativo consecutivo, nessa base de comparação. Até setembro, os postos de trabalho na indústria diminuíram 1,4% no ano e recuaram 1,2% em 12 meses.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria diminuiu 0,6% em setembro ante agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro de 2011, a queda foi mais acentuada, de 2,6%, a 13ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. No ano, o número de horas pagas caiu 2,2% e, nos últimos 12 meses encerrados em setembro, o recuo é de 2,0%.

Em relação a setembro do ano passado, o número de horas pagas recuou em 13 dos 14 locais pesquisados, assim como em 14 dos 18 ramos investigados. Na comparação por regiões, São Paulo mostrou queda de 3,3%, a principal influência negativa sobre o total do País.

Entre as atividades, as principais influências negativas foram de vestuário (-13,4%), calçados e couro (-7,1%), meios de transporte (-3,8%), outros produtos da indústria de transformação (-5,5%), madeira (-9,5%), papel e gráfica (-3,9%), têxtil (-4,2%), produtos de metal (-2,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,8%) e metalurgia básica (-4,7%).

Folha de pagamento cai 2,1% no mês

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 2,1% na passagem de agosto para setembro, informou o IBGE. O resultado neutraliza o avanço de 2,1% registrado na leitura anterior.

Em relação a setembro de 2011, no entanto, a folha de pagamento real teve expansão de 1,4%, no 33º resultado positivo consecutivo, embora tenha sido o menos intenso desde outubro do ano passado, quando a alta foi de 1,1%. No ano, a folha de pagamento da indústria acumula expansão de 3,2%, e, em 12 meses, aumento de 3,0%.

Em relação a setembro do ano passado, a folha de pagamento teve resultados positivos em 11 dos 14 locais investigados, com destaque para o Rio de Janeiro (6,9%), Paraná (4,5%), Região Norte e Centro-Oeste (3,2%) e Região Nordeste (2,7%). Mas houve queda de 0,2% em São Paulo, o principal impacto negativo sobre o total do País em setembro.

Entre os setores, o valor da folha de pagamento real teve expansão em nove das 18 atividades investigadas, entre eles alimentos e bebidas (5,9%), produtos químicos (6,3%), máquinas e equipamentos (2,6%), refino de petróleo e produção de álcool (7 7%), minerais não metálicos (4,4%) e borracha e plástico (2,8%).