Justiça considera greve de hospital ilegal e decreta retomada do trabalho

Saúde

A Justiça considerou ilegal a greve dos funcionários do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG), em Ponta Grossa, e determinou a retomada do trabalho.

A decisão, que chegou a direção do hospital na segunda-feira (7), foi tomada a pedido do governo do Paraná, pois se trata de um serviço essencial à comunidade e que não pode parar. A liminar da Justiça obriga que os funcionários voltem ao trabalho, caso contrário, o SindSaúde pode ser multado em até R$ 50 mil por dia de paralisação.

A greve começou no dia 18 de março, mas o atendimento foi suspenso em praticamente todos os setores do HURCG. Segundo o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde), a adesão dos funcionários à greve, entre técnicos e enfermeiros, é de 97%.

Desde o início da paralisação, o hospital cancelou cirurgias e consultas agendadas e estavam atendendo apenas os pacientes que já estavam internados. Além disso, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) geral e a neonatal e também o atendimento às mulheres com gravidez de risco continuaram funcionando.

Com a greve completando 20 dias, já foram canceladas 2,1 mil consultas, 1,5 mil exames e 140 cirurgias apenas no HURCG e aínda não há um prazo definido para que estes atendimentos sejam remarcados, de acordo com a direção do hospital. "Vamos tentar fazer uma readequação de agenda, tentar minimizar o prejuízo que a população teve neste momento, bem como para as cirurgias que já estavam agendadas tentar fazer um mutirão, desde que haja disponibilidade, de recuperação das cirurgias que foram canceladas neste período", afirmou o o diretor do hospital, Everson Krum.

Em nota divulgada no site, o SindSaúde afirmou que recebeu outra informação da Justiça, que determina apenas a proibição de piquetes. O sindicato também confirmou a continuação da greve.