De 01 a 30 de novembro os pecuaristas paranaenses devem vacinar seu rebanho contra a febre aftosa. Nesta 2ª etapa da campanha a previsão é vacinar 9 milhões e 200 mil cabeças de gado. "O proprietário que não fizer a vacina, não comprovar a vacinação dentro do período está passível de autuação. Até 10 animais é R$ 790,00. Acima de 10 animais, mais R$ 79,00 por cabeça", alerta Carlos Costa, supervisor da Adapar.
O Paraná tem uma área considerada livre da febre aftosa há 14 anos, mas ainda não conseguiu a liberação da Organização Mundial de Saúde Animal para deixar de vacinar o rebanho, como acontece em Santa Catarina. Antes é preciso melhorar o controle de entrada e saída dos animais do estado. O que já começou a ser feito.
Além dos 30 postos que fiscalizam o tráfego interestadual, outros 6 devem ficar prontos até fevereiro de 2016. O estado também contratou veterinários e auxiliares técnicos que devem trabalhar na Vigilância de Defesa Sanitária. "A campanha de maio do ano que vem deve ser a última que vamos fazer. Quando tiver um ano sem vacina a gente pleiteia junto a OIE área livre sem vacinação para valorizar a nossa carne", comenta Carlos Costa.
A iniciativa pode mexer com o mercado e fazer com que a carne produzida aqui no Paraná entre na rota de exportação. Há muitos países que pagam mais pelo produto, mas só compram em locais onde a vacinação não é exigida pelos órgãos de proteção sanitária. "Eu acredito que a gente vai ter muita vantagem pelo preço melhor da carne, e melhor comercialização", diz o pecuarista e veterinário Rogério Pierin.