Apesar da queda do valor da dívida média das famílias brasileiras vista no mês de junho em relação aos meses anteriores, esta ainda é alta, segundo o IEF (Índice de Expectativas das Famílias), feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A média é a quarta maior do último ano, de R$ 4.943,88. O maior patamar de endividamento médio da série foi registrado em abril (R$ 5.580,69). Os outros meses com valores mais altos foram maio e junho de 2012.
O peso da dívida na renda domiciliar é mais de cinco vezes a renda da casa para 14% das famílias, uma queda de aproximadamente 1% em relação ao pico de abril. Pouco mais de 22% das famílias têm uma dívida de até metade da renda mensal domiciliar. Em abril, um quarto das famílias brasileiras tinha uma dívida com esse peso.
Das famílias endividadas no Brasil, um terço não conseguirá sair do vermelho, enquanto cerca de metade diz que vai quitá-las ao menos parcialmente. Cerca de 15% estão seguras de que conseguirão pagar os atrasos plenamente.
Como consequência, mais de 90% das famílias não planejam tomar empréstimo ou financiamento para adquirir algum bem nos próximos três meses. A região Nordeste é a única em que o percentual de famílias interessadas em tomar empréstimos chega ao patamar dos 10%, valor praticamente estável em relação ao mês de maio (10,1%).