Professores da UEM não aceitam proposta de reajuste e mantêm greve

Politica

Professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram manter a greve em protesto contra o reajuste salarial proposto pelo governo, em assembleia realizada nesta sexta-feira (12). Agora, já são 74 dias sem aulas na instituição.

O estopim para o começo da paralisação, em 29 de abril, foi o projeto de lei enviado pelo governo do estado à Assembleia Legislativa que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado.

Com a proposta aprovada, mesmo com as manifestações, os docentes passaram a focar a greve no pedido de reajuste de 8,17% nos salários, com base na inflação do período.

O governo, no entanto, ofereceu aumento de 3,45%, para ser pago em outubro, e plano reajuste até 2018 - os professores da UEM não aceitaram essa proposta.

"Não aceitamos [a proposta do governo]. A data-base provém de lei e nós entendemos que os 8,17% devem ser cumpridos, sim, retroativo a 1ª de maio. Nós sabemos que o governo tem caixa para isso", afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Celso Nascimento.

Ao todo, 22 mil estudantes são afetados pela paralisação na UEM. O Vestibular de Inverno, marcado para os meses de junho e julho, com 19.077 pessoas inscritas, e o calendário letivo foram suspensos.

O governo já afirmou que não vai mais negociar com os servidores. Os professores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) aceitaram o reajuste e encerraram a greve deles, em 9 de junho.