Professores da Unicentro fazem assembleia e decidem manter greve

Politica

Os professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) decidiram manter a greve por tempo indeterminado em assembleias realizadas na tarde desta terça-feira (9). As votações foram nos campi de Guarapuava e de Irati, na região central do Paraná. A categoria está em greve há 44 dias.

A manutenção da greve foi aprovada por 228 votos favoráveis e 66 contrários nas duas assembleias, realizadas simultaneamente.

Segundo o primeiro-secretário da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Adunicentro), Denny William da Silva, a categoria reivindica data-base no mês de maio e o repasse das verbas de custeio à instituição. Entretanto, a proposta do governo estadual é parcelar o reajuste tendo como referência o mês de janeiro, retomando a data-base do funcionalismo apenas em maio de 2018.

A greve na Unicentro começou no dia 27 de abril. Esta é a segunda paralisação deste ano. A primeira foi entre 19 de fevereiro e 12 de março.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Sintesu), que representa professores e técnico-administrativos da Unicentro, realiza assembleia na quarta-feira (10), a partir das 10h30, na sede do sindicato. A categoria aderiu à paralisação no dia 19 de maio.

Negociações
A greve é motivada pela discussão do reajuste salarial. O funcionalismo pedia aumento de 8,17%, por causa da reposição da inflação. Os docentes e funcionários da rede estadual já votaram pelo término da greve nesta terça.

No entanto, a proposta do governo prevê o pagamento de 3,45% que é referente à inflação entre os meses de maio, quando vence a data-base da categoria, e dezembro de 2014.

Em janeiro de 2016, os servidores devem receber um novo reajuste, com a inflação acumulada em 2015, mais um ponto percentual. A mesma medida deve ser tomada em janeiro de 2017.

Em maio de 2017, os servidores ainda devem receber um novo aumento, em relação ao primeiro quadrimestre do ano.

Já em 2018, a data-base voltará para o mês de maio, quando será paga a inflação acumulada no último período.

UEPG
O Sindicato dos Professores e Técnicos da UEPG (Sintespo) se reuniu nesta terça e decidiu pela manutenção da greve até sexta-feira (12), quando será realizada uma nova assembleia, a partir das 14h30, para votar a continuidade do movimento. O Sintespo está em greve há 21 dias.

A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg) discute a continuidade ou não da paralisação na quarta, às 9h, no campus de Uvaranas.

A UEPG confirmou nesta terça que os alunos do quinto ano do curso de direito conseguiram uma liminar para que as aulas retornem a partir de quarta. Os formandos do curso de medicina já tinham obtido liminar semelhante no fim de maio para que o estágio nos hospitais fosse mantido durante a paralisação.