Eleição escolhe neste domingo novo presidente nacional do PT

Politica

O PT realiza neste domingo, entre 9h e 17h, o Processo de Eleições Diretas (PED), que escolherá o novo presidente da legenda e renovará as direções nacional, estaduais e municipais do partido.

De acordo com a assessoria do PT, a sigla tem 1,72 milhão de filiados, mas somente 806 mil, por razões financeiras e internas, estão aptos a votar nos 4.808 diretórios em todo o país. O último PED foi realizado em 2009.

Segundo a assessoria, nesta segunda-feira (11), com resultados parciais, talvez já seja possível conhecer o novo presidente nacional. Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno entre os dois primeiros colocados está marcado para o próximo dia 24.

OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DO PT

Candidato

Chapa

Correntes internas que apoiam

Markus Sokol

Constituinte por Terra, Trabalho e Soberania

O Trabalho

Paulo Teixeira

Mensagem ao Partido

Mensagem ao Partido

Renato Simões

É Pela Esquerda que Queremos o Brasil

Militância Socialista

Rui Falcão

O Partido que Muda o Brasil

Construindo um Novo Brasil; PT de Luta e de Massas; Novo Rumo

Serge Goulart

Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo

Esquerda Marxista

Valter Pomar

A Esperança é Vermelha

Articulação de Esquerda

O atual presidente da legenda, Rui Falcão, tenta a reeleição, apoiado pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e pelas principais lideranças do partido. Ele representa o grupo político majoritário no PT, formado pelas correntes Construindo um Novo Brasil, Novo Rumo e PT de Luta e de Massas, reunidas na chapa Partido que Muda o Brasil.

Concorrem com Falcão o atual secretário-geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP), da corrente Mensagem ao Partido, grupo do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e do governador Tarso Genro (RS): o secretário de Movimentos Sociais do PT, deputado federal Renato Simões (SP), da corrente Militância Socialista, representada na chapa É Pela Esquerda que Queremos o Brasil; Valter Pomar, secretário-executivo do Foro de São Paulo (organização que reúne partidos de esquerda da América Latina), da Articulação de Esquerda (chapa A Esperança é Vermelha); e os líderes das correntes mais à esquerda do partido, Markus Sokol (O Trabalho), da chapa Constituinte Por Terra Trabalho e Soberania; e Serge Goulart (Esquerda Marxista), da chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo.

Outras duas chapas (Partido é Para Todos, na Luta e Contraponto Socialista) estão inscritas para disputar vagas no Diretório Nacional, no Conselho de Ética e na Comissão Fiscal, mas não têm candidatos a presidente.

O novo presidente nacional vai conduzir as negociações das alianças políticas para a disputa da eleição de 2014, que determinarão a formação dos palanques nos estados para a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Rui Falcão, que há havia presidido o PT em 1994, voltou a ocupar a presidência em 2011, após o afastamento do então presidente, José Eduardo Dutra, por motivos de saúde. Antes dos dois, o PT já foi presidido por Lula (1980-1994); pelo ex-ministro José Dirceu (1995-2002); pelo deputado federal licenciado José Genoino (2002-2005); pelo governador Tarso Genro (2005); pelo deputado federal Ricardo Berzoini (2005-2006 e 2007-2010); e por Marco Aurélio Garcia (2006-2007), assessor de Assuntos Internacionais da presidente Dilma Rousseff.

Lula
Em vídeo postado no site do PT e dirigido aos militantes, Lula convocou os petistas às urnas e ressaltou a importância da votação para assegurar a reeleição da atual presidente, Dilma Rousseff.

"Você não estará votando apenas numa direção [do partido]. Você estará escolhendo os melhores companheiros que vão dirigir a próxima eleição no seu estado e a próxima eleição da nossa querida presidenta Dilma Rousseff", afirmou.

O ex-presidente pediu a vitória nas eleições "em muitos estados" e disse que o PT "não tem medo de cara feia".

"Nós temos que ganhar as eleições, nós temos que estar vitoriosos em muitos estados, nós temos que fazer com que a nossa presidenta Dilma continue a fazer as políticas que ela tem feito para desenvolver o Brasil, para gerar empregos, para distribuir renda e muita política social", declarou.