Polícia Federal pede indiciamento de cinco executivos da empreiteira OAS

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A Polícia Federal pediu o indiciamento de cinco executivos da construtora OAS na Operação Lava Jato, que entre outras coisas, investiga desvios de dinheiro e superfaturamento em obras da Petrobras. Conforme os dados do pedido, os policiais encontraram indícios de que os executivos, cometeram, pelo menos, cinco crimes, entre eles, fraude a licitações, falsidade ideológica e corrupção ativa.

 

Os executivos indiciados foram José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Berghirolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Alexandre Portela Barbosa.

Pinheiro Filho é o presidente da empresa, Oliveira é vice-presidente do conselho da companhia e Medeiros é diretor da construtora.

 OPERAÇÃO LAVA JATO
Os policiais pedem ainda que eles sejam enquadrados pelos crimes de uso de documento falso e lavagem de dinheiro. As acusações policiais são as mesmas para todos os suspeitos envolvidos nas investigações.

O advogado Eduardo Ferrão, que representa os cinco executivos da OAS foi procurado pela reportagem. Ele disse que ainda não tinha tomado conhecimento do conteúdo da denúncia e que, por isso, não iria se manifestar por enquanto.

A Lava Jato
A operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos, nesta sétima etapa, 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.

Conforme balanço divulgado pela PF, além das 25 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.