Vaccari e Duque deixam cela da PF para participar da CPI da Petrobras

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João Vacarri Neto, tesoureiro afastado do PT, e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, deixam a carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba no início da tarde desta terça-feira (7) para participar da CPI da Petrobras, que ocorre no Congresso Nacional.

Ambos estão presos por suspeita de participação no esquema bilionário de corrupção e desvio de dinheiro da estatal.

Eles respondem por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

A CPI promove na quarta-feira (8) e na quinta-feira (9) acareações entre Duque, Vaccari e Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras que firmou acordo de delação premiada junto ao Ministério Público Federal (MPF). Ele se comprometeu a passar informações sobre as irregularidades na empresa em troca de benefícios em caso de condenação.

De acordo com a Polícia Federal (PF), os réus serão levados em um avião da corporação e escoltados por agentes. Não há informações sobre a data de retorno.

Tanto Vaccari quanto Duque estão detido no Complexo Médico-Penal, na Região Metropolitana de Curitiba. Eles dormiram na carceragem na Polícia Federal na noite de segunda-feira (6) para facilitar a locomoção nesta terça-feira.

Barusco quer cancelar acareação
A defesa de Pedro Barusco entrou com pedido nesta segunda-feira (6) no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as acareações marcadas para esta semana na CPI.

O motivo seria o agravamento do estado de saúde do ex-gerente da Petrobras que está com câncer nos ossos.

Em razão do recesso do Judiciário, o pedido será analisado por Celso de Mello, ministro com mais tempo de atuação no STF e que, nesta semana, está de plantão na presidência do tribunal.

Até a publicação desta reportagem não havia uma decisão do STF.

Outra passagem pela CPI
Está não será a primeira vez que Duque vai a Brasília para participar da CPI da Petrobras. Em março deste ano, ele se calou diante das perguntas dos parlamentares. Já na primeira manifestação, o ex-dirigente advertiu aos parlamentares que, por orientação dos advogados, iria exercer o direito constitucional de ficar em silêncio.

Vaccari também já esteve na CPI da Petrobras. Ele respondeu as questionamentos dos parlamentares antes de ser preso, na 12 ª fase da Operação Lava Jato.

Na ocasião, ele negou ter tratado de assuntos financeiros do partido com ex-diretores da Petrobras e que todas as doações recebidas pela legenda de empresas são legais, feitas por meio de transações bancárias e mediante recibo.