Quase metade da população pode estar infectada com um vírus que reduz as funções cognitivas e altera o comportamento. De acordo com cientistas das Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e Universidade de Nebraska, ambas dos Estados Unidos, o vírus chamado chlorovirus ATCV-1 vive nas gargantas de 44% das pessoas e, em longa duração, poderá "emburrecer" o cérebro.
Segundo os pesquisadores, todos os pacientes testados que tinham o vírus em seu organismo apresentaram pior desempenho em testes de inteligência e funções cognitivas. O autor do estudo Professor Robert Yolken, do Johns Hopkins Medical School, afirma que ainda não se sabe como o vírus chegou aos seres humanos, já que ele é muito comum em algas de água doce.
― Nós estamos apenas começando a aprender e descobrir os detalhes desse vírus. Sabemos que ele fica conosco por um longo tempo e pode ter efeitos sutis sobre nossa cognição e comportamento.
De acordo com o Daily Mail, a pesquisa da Academia Nacional de Ciências sugere que o vírus ATCV-1 altera os genes no cérebro. A equipe encontrou chlorovirus ATCV-1 em esfregaços na garganta de 40 dos 92 voluntários da pesquisa e descobriu que aqueles que estão infectados pelo vírus eram piores em testes cognitivos.
Para confirmar as descobertas, os pesquisadores realizaram testes em ratos e descobriram que as cobaias apresentaram diminuição da memória de reconhecimento e de outras funções cerebrais.
― Os exames mostraram que o vírus atravessou a barreira entre o sangue e o tecido, alterando a atividade dos genes dos cérebros. Vários genes foram afetados, incluindo a produção da dopamina, hormônio que influencia na memória, percepção espacial, emoção e prazer.