Número de afogamentos chega a 78 e bombeiros dão dicas de segurança

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O relatório do Corpo de Bombeiros mostra que foram registradas 74 mortes por afogamentos em praias e rios de Santa Catarina.

Este número é a contabilização de outubro de 2013 a 26 de janeiro de 2014. Destas, apenas 10 aconteceram em locais monitorados. Porém, nesta semana, mais quatro pessoas morreram afogadas, aumentando para 78 mortos.

Dois irmãos adolescentes morreram afogados na Praia de Navegantes, no Vale do Itajaí e um jovem argentino morreu afogado na Praia de Moçambique, em Florianópolis, na segunda-feira (27). No mesmo dia um rapaz de 16 anos morreu afogado em um rio do município de Saudades, no Oeste de Santa Catarina.

Segundo os Bombeiros, das 64 pessoas que morreram em áreas não monitoradas, foram 51 em locais de água doce e 13 em praias sem guarda-vidas ou fora do horário de trabalho.

Até o dia 26 de janeiro, foram 163 pessoas reanimadas após afogamentos, sendo 149 em praias, 3.178 banhistas resgatados de arrastamentos, antes de se afogarem, e 1.891.706 pessoas que foram abordadas e orientadas em Santa Catarina.

Das 43 praias de Florianópolis, 15 não têm guarda-vidas trabalhando. As praias com o mar mais agitado são Joaquina, Campeche e Praia Brava. A orientação é que os banhistas busquem ficar nas áreas monitoradas. Segundo o Coronel Carlos Campos Maia, Comandante do 1º Batalhão de Florianópolis, antes de entrar na água o banhista deve estar prevenido. "Ele deve evitar entrar sozinho, orientar as crianças e não deixá-las desacompanhadas. Com tempo ruim, a atenção deve ser redobrada.", explica.

As correntes de retorno são os locais da praia sinalizados com as bandeiras vermelhas. Caso o banhista entre nesta área, ele será puxado para longe da praia. "Se isso acontecer, ele não deve nadar contra a correnteza. Ele deve tentar sair para o lado, onde o repuxo é menor", explica.

Já em cachoeiras e lagos, a condição de segurança é diferente. "É necessário verificar se existem pedras, galhos, perceber se tem correnteza e também se informar sobre a profundidade dp local. Outra dica é permanecer com água pela cintura, o que aumenta a segurança. Se a pessoa não souber nadar, é indicado que ela fique perto da margem", explica.

Em cachoeiras, há muitas pedras escorregadias. "As pessoas devem utilizar calçados apropriados, evitar subir para não cair, se não, pode cair em um buraco ou bater com a cabeça em uma pedra", conta. As crianças devem ser orientadas e também monitoradas pelos pais. "Qualquer descuido pode ser fatal", explica.

Sobre os afogamentos, o coronel orienta que, caso alguém presencie um, "deve tentar jogar uma corda, chamar por socorro ou pedir ajuda para uma pessoa que saiba nadar bem, pois se não, podem ser dois afogados", conta.