Os professores em greve de Guarapuava organizaram uma vigília e vão passar a noite acampados em frente ao Núcleo Regional de Educação. A APP Sindicato na região exige que o chefe do NRE, Marlon Pires não envie as faltas de professores para a Secretaria de Estado da Educação.
Desde a semana passada, os diretores das diversas instituições paralisadas estão sofrendo pressões para a postagem no sistema o número de ausências dos servidores em greve. Uma carta também foi escrita e assinada por diretores que reafirmam o não envio. O objetivo é resguardar o direito de greve dos educadores e por outro lado, garantir que as aulas sejam repostas aos alunos quando a paralisação acabar.
De acordo com a professora e diretora do Colégio Visconde de Guarapuava, Márcia de Oliveira, a pressão tem sido grande do Governo do Estado, porém o grupo vai continuar lutando pela educação pública. “Somos um grupo de diretores firmes, não vamos entregar as faltas e o documento irá explicar que historicamente ninguém envia faltas em greves, até porque precisamos que haja o cumprimento do calendário escolar. Se for descontado, como que o Governo vai fazer? É inviável, são mais de 100 mil professores em uma greve com mais de 80% de adesão, como que vamos dar essas aulas se o professor tiver descontos. Somos professores e nosso concurso é passageiro, estar na direção é passageiro”, afirmou.
A presidente da APP Sindicato em Guarapuava, Terezinha Daiprai argumentou que a greve continua enquanto não houver acordo pelo pagamento da reposição da inflação de 8,17%. “Infelizmente continuamos em greve, mais uma semana, estamos ansiosos para voltar para as salas de aula e vamos continuar até que o governo mande para a assembléia somente a reposição da inflação, não é reajuste, é para não ter perdas em nossos salários, por isso esse manifesto aqui em frente ao NRE que simboliza o Governo em Guarapuava”, disse a professora.