Evento ocorreu neste domingo (20), na Mesquita de Curitiba. Ambos os grupos apontam política sionista como responsável pelo conflito....
Judeus e muçulmanos se reuniram em Curitiba neste domingo (20) para pedir o fim do conflito e das mortes na região de Gaza. O encontro, considerado histórico pelos participantes, ocorreu na Mesquita de Curitiba e foi marcado por discursos de união, e de garantia de direitos ao povo da Palestina.
“O povo judeu e o povo árabe sempre forma o mesmo povo, todos filhos e Abraão, o pai da fé. Se somos irmãos não temos que brigar. O que acontece hoje em Israel é que uma minoria está dominando, com um sistema chamado sionismo de extrema direita. O sionismo de extrema direita quer banir o povo palestino daquela terra, e causar esse genocídio que está acontecendo hoje”, afirmou o vice-presidente da comunidade judaico-humanista do Brasil, Fabiano Amaral.
Segundo Amaral, o povo israelense não compactua com esse regime. “Muitos em Israel hoje estão se manifestando também no sentido de dar a liberdade e os direitos civis ao povo da Palestina”, afirmou. A opinião é semelhante à do diretor religioso da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, Gamal Omaire. “O pedido de paz justamente vem somar as forças, para que possam conviver realmente dois povos - judeus e árabes. São povos que pertencem ao mesmo pai, Abraão, de uma forma respeitosa, harmônica, pacífica, onde haja um estado palestino e um estado israelense ao mesmo tempo”, disse.
Omaire também apontou o sionismo como responsável pela situação conflituosa na região de Gaza. “É necessário para o mundo, nós não aguentamos mais essa barbárie perpetrada pelo sionismo. Porque o problema na região não é a religião judaica, mas sim a política sionista, que tem exterminado o povo palestino de forma constante”, criticou.
O evento foi encerrado com representantes de ambos os grupos de mãos dadas, pedindo, em coro, por paz.