Carli Filho não consegue se livrar de júri popular

Guarapuava

O ex-deputado do Paraná Fernando Ribas Carli Filho vai tentar evitar o júri popular no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do advogado da defesa Gustavo Scandelari.

 

Carli Filho é acusado de provocar um acidente em maio de 2009, no qual dois jovens morreram. Ele estava em alta velocidade (entre 161 km/h e 173 km/h, no resultado do Instituto de Criminalística). O exame de sangue apontou uso de álcool. A carteira de habilitação dele somava mais de 130 pontos, segundo Detran.

Nas duas cortes, segundo o advogado, a argumentação contida em mais de cem páginas, será pela suspensão do Tribunal do Júri.

No STJ também se tentará evitar que o ex-deputado seja acusado do crime de dirigir com a carteira de habilitação suspensa. Na ocasião do acidente, o Detran havia determinado a suspensão, mas Carli Filho não tinha sido notificado, explicou Scandelari.

Já no STF, a produção de um laudo particular a pedido da acusação e uma suposta ausência de intimação regular para que a defesa se manifestasse, ainda na primeira instância, motiva o pedido de nulidade do processo.

Ainda segundo Scandelari, não se tinha chegado às instâncias superiores por força de um recurso do Ministério Publico (MP) do estado em trâmite no Tribunal de Justiça (TJ). Porém, na tarde desta quinta-feira (1º), a 1ª Câmara Criminal negou esse recurso. O MP pode também levar a questão a Brasília.

Anteriormente, essa mesma Câmara negou à defesa a retirada do júri popular (para que a decisão ficasse com um juiz, e não com o povo), mas derrubou a qualificadora referente à impossibilidade de defesa da vítima e também o crime de dirigir embriagado.