Acusado de matar esposa por asfixia é condenado a 16 anos de prisão em Guarapuava

Ana Cláudia Batista era uma empresária, dona de um pet shop na cidade e foi morta dentro de casa, após ter sido espancada e asfixiada. O marido, Reginaldo Casagrande Gomes, até então, negava qualquer envolvimento no assassinato, mas confessou ser o autor do crime nesta quinta-feira.

À época, testemunhas contaram à polícia que o casal se conheceu pela internet e que vivia junto há anos. Conforme as testemunhas, Ana Cláudia queria se separar e estava sendo ameaçada. Durante o julgamento desta quinta-feira, o promotor de Justiça, Vitor Hugo Honesko, leu o depoimento de amigos e parentes da vítima, confirmando o medo da empresária. “A declarante sabia que a vítima apanhava de Reginaldo há muito tempo, mas mesmo mesmo a declarante se comprometendo a acompanhá-la à delegacia, a vítima se recusava e queria resolver de outro jeito a situação. A declarante disse que a vítima tinha pânico de Reginaldo, mas que achava que iria sair dessa situação e viver em outra cidade", leu o promotor.

Apesar de confessar o crime, Reginaldo negou as ameaças e as suspeitas de que abusava sexualmente da esposa. Ele já estava preso há 18 meses e vai cumprir a pena em regime fechado.

O advogado de defesa do réu, Miguel Nicolau Júnior, disse que não vai recorrer da decisão da Justiça. Em nota, ele alegou que considera a pena razoável, tendo em vista a gravidade do crime. "Não pretendo apelar, pois consegui uma significativa diminuição da pena, que poderia chegar a 30 anos de prisão", disse.

Os familiares da empresária aguardavam apreensivos pelo julgamento. "A gente queria muito bem ela, a família toda. Ela era uma pessoa muito estimada por todos nós e até hoje a gente sente tanta saudade, tanta falta. É uma coisa inexplicável o que aconteceu. Nós queremos que ele pague por tudo o que fez", disse uma tia da vítima, Jardilina Dezewenka.