Uma chuva de meteoritos deve provocar um espetáculo no céu de todo o Paraná nesta quinta (13) e sexta-feira (14). Fragmentos de um asteroide, chamado 3.200 phaethon, entram na órbita da terra e provocam uma “chuva” de estrelas cadentes.
O físico-astrônomo Dietmar William Foryta, do departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que objetos como o asteróide, no espaço, deixam para trás alguns fragmentos. “É como se nós assoprássemos um monte de poeira”, compara o físico, “sempre fica um resíduo para trás”.
Foryta explica que os asteroides, como o 3.200, sofrem a ação de diversas forças, como a gravidade de outros corpos e a própria radiação de estrelas. Segundo ele, isso justifica o fenômeno, já que o corpo estelar sofreu descongelamento com a ação do sol, o que causou o desprendimento de partículas.
“Será um evento de média intensidade, devemos poder observar entre 120 e 160 visões por hora. São “estrelas” que de repente saem correndo e brilhando, chega a ser parecido com uma agulha bem curtinha. Tive o prazer de ver ocorrendo em Minas Gerais e é realmente muito bonito de ver”, conta o cientista.
Quem quiser presenciar a chuva de estrelas cadentes deve levar em conta que quanto mais longe dos centros urbanos, mais fácil será para enxergar. E aconselha: “Se ficar olhando pra cima, vai cansar o pescoço. Então, melhor que se deite”, brinca.
Outro conselho fundamental, segundo o professor, é a perseverança dos observadores do espaço. “De repente você fica um tempo sem ver nada, mas logo em seguida vê muitos desses meteoritos, depois para”, previne. Não desistir na primeira tentativa é o maior segredo para ampliar a chance de presenciar o acontecimento que rouba a cena nas noites desta quinta e sexta-feira (14).
E para os preocupados de que este pode ser o início do fim do mundo, um alívio. O professor da UFPR alerta que não há qualquer risco decorrente da chuva de meteoritos. “É apenas bonito de ver”, tranquiliza.