Familiares e amigos do empresário Rodrigo Carneiro da Silva, de 29 anos, morto depois de ser agredido por duas pessoas em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, fizeram um protesto na tarde deste sábado (29), no Centro da cidade.
A manifestação começou por volta das 17h, na Rua Balduíno Taques, local onde o empresário foi morto. Os participantes do protesto vestiram camisetas brancas com a foto de Silva. Eles ergueram cartazes para clamar por justiça, estenderam um pano preto no chão, simbolizando o luto, e fizeram cerca de 15 minutos de silêncio. Em seguida, eles fecharam a rua, com a autorização de agentes de trânsito da cidade, e fizeram uma oração.
"O pedido da família é só que as autoridades competentes possam agir da forma mais clara e mais justa. É o único pedido da família", disse o irmão de Rodrigo, Joslei Carneiro da Silva.
Uma câmera de segurança da Guarda Municipal registrou a agressão, na madrugada do dia 24 de março. As imagens mostram um grupo agredindo o empresário com chutes e socos. Depois de um empurrão, Silva cai de costas e fica desacordado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Rodrigo era dono de uma loja de roupas para skatistas em Ponta Grossa.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, Lenon Marcos Messias, a equipe chegou ao local da briga por volta de 2h30. Silva estava sentado, sendo amparado por outras pessoas, inconsciente e com pulso fraco. Em seguida, ele foi levado para uma ambulância, onde teve uma parada cardiorrespiratória. O sargento acrescentou que, aparentemente, não havia lesões graves pelo corpo da vítima no primeiro atendimento.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML), porém, indicou que Rodrigo morreu por causa de uma fratura na coluna cervical, causada, provavelmente, pela queda.
A polícia já ouviu três suspeitos de terem cometido o crime. Segundo a delegada da Seção de Homicídios Tânia Sviercoski, um deles se apresentou na delegacia da Polícia Civil em Ponta Grossa, na quarta-feira (26), e admitiu a agressão. Ele contou à polícia, em depoimento, que o conflito foi causado por ciúmes.
Na terça-feira (25), dois homens – sendo um deles outro agressor – também se apresentaram à polícia. Eles alegaram não saber o motivo da briga.