O agente penitenciário que era mantido refém desde as 19h30 de quarta-feira (16) durante uma rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba, foi libertado às 11h30 desta quinta (17).
Ele foi ameaçado por quatro presos com um cabo de ferro por mais de 15 horas e não ficou ferido.
Conforme a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), o funcionário foi rendido quando estava fazendo a transferência dos presos de um ponto para outra da penitenciária e o grupo se recusou a entrar.
Os presos exigiram a transferência para presídios do interior e tiveram o pedido atendido - três serão encaminhados para a Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) e o outros para a Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL). As transferências serão realizadas ainda nesta quinta, garante a Seju. Apesar de não ter ferimentos, o funcionário foi encaminhado para atendimento médico logo após ter sido solto pelos presos.
Vários familiares que aguardavam para visitar outros presos tiveram que retornar para casa. As visitas foram reagendadas para sexta-feira (18). O sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) informou que os detentos estão em uma ala com 48 pessoas, mas a capacidade é para 36.
Em nota, a Seju informou que a penitenciária está com 104 presos a mais do que deveria. O número significa 9% além da capacidade.
"O complexo penal de Curitiba e Região Metropolitana tem 11 unidades prisionais da SEJU, com 8.569 vagas, onde estão 8.580 presos, isto é, 11 presos a mais do que a capacidade. Cada um desses presos tem seu colchão e kit de higiene pessoal. Existem, ainda, no complexo penal citado, um total de 1.860 servidores, sendo 1.562 agentes penitenciários e 298 administrativos. A relação, portanto é de 5,49 presos por agente penitenciário".