Caminhonheiros fazem manobrasarriscadas em trechos da PR-092, entreArapoti e Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais do Paraná, com o objetivo de aparecer em gravações que são publicadas na internet.
Uma das imagens postadas mostra o motorista de um caminhão fazendo ziguezague na rodovia, em um trecho de pista simples. A carroceria do veículo acaba invadindo a pista contrária, colocando em risco os veículos que seguem na direção contraria da pista.
As imagens foram publicadas em duas comunidades criadas nas redes sociais e já tem centenas de compartilhamentos. Nelas, os jovens também divulgam fotos e vídeos dos bastidores das gravações, que mostram um deles deitando no acostamento da pista para registrar os caminhões. Outros chegam a invadir a pista, ficando de frente com os veículos.
A região fica a menos de dois quilômetros o posto da PRE, mas não há carros suficientes para fiscalizar a o trecho. "Quando não há uma viatura no local, eles acabam se aproveitando da ausência e acabam, de forma imprudente e irresponsável, colando em risco a vida, tanto deles, quanto das pessoas que estão filmando e também dos outros condutores que utilizam a rodovia", diz o capitão da PRE, Grustavo Briski.O trecho em que as manobras são realizadas é conhecido por ser um dos mais perigosos da região. Cerca de quatro mil veículos passam diariamente pela PR-092. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), de janeiro a dezembro de 2013, foram registrados cerca de 105 acidentes e dez mortes no trecho. No sábado (30), os moradores da região até fizeram um protesto reivindicando melhores condições mais segurança na rodovia.
O dono de um posto de combustíveis próximo ao local onde os adolescentes gravam os vídeos revela que presencia toda a ação e chega a alertar os jovens sobre o perigo que correm.
De acordo com o conselheiro tutelar, Jean Carlos Klichowski, pelo menos 20 crianças e adolescentes já foram identificados e os pais receberam uma notificação. "Nós vamos fazer um levantamento de todo o material, dos links, dos blogs e vamos fazer uma coleta de material e encaminhar para a Polícia Civil", afirma.