PF investiga se aeroporto municipal de Paranavaí é rota do contrabando

A polícia confirma que a aeronave já esteve outras vezes no município.

"Ele [o avião] esteve aqui para conserto. Isso ficou caracterizado, mas não há nenhum registro, pelo menos no controle de tráfego aéreo, de quem seria o piloto ou das vezes, datas e horários em que ele pousou ou decolou aqui do aeroporto", diz o delegado da PF Alexander Boeing Noronha Dias.

Uma peça de outro avião, apreendido em março e também usado para o crime, foi encontrada no mesmo local. Por isso, a PF suspeita que o aeroporto paranaense é um ponto importante no mapa do contrabando no país.

Não há controle de voo no aeroporto. Funcionários disseram que só fazem o registro quando o piloto avisa. "É uma falha administrativa, que vai ser comunicada à Anac e às autoridades competentes e que também vai ser levada em conta na investigação", afirma Dias.

A prioridade da polícia, ressalta o delegado, é descobrir quem são as pessoas envolvidas com o uso e a propriedade da aeronave. "A linha principal é descobrir, efetivamente, quem é o proprietário, descobrir quem é o piloto e para o que era usada a aeronave e, numa segunda via, a razão do uso do aeroporto para consertos e para pouso e decolagens dessa aeronave".