Moradores trabalham para recuperar estragos da chuva em Ponta Grossa

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Dezenas de casas foram destruídas em Ponta Grossa (Foto: Wesley Cunha / RPC )Cerca de 250 casas foram destruídas em Ponta Grossa (Foto: Wesley Cunha/RPC )

A segunda-feira (28) foi um dia de muito trabalho para moradores de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar),  o vento chegou a quase 100 km/h na noite de domingo (27) e, acompanhado da chuva, trouxe inúmeros prejuízos.

Conforme a Defesa Civil, 250 casas foram danificadas e quase 700 pessoas, atingidas. Oito moradores ficaram feridos – seis adultos e duas crianças. Ainda de acordo com a Defesa Civil, 26 pessoas seguem desabrigadas e passar a noite em um posto de saúde no Jardim Amália, onde foram improvisados alguns quartos.

Em um mês, este é o terceiro temporal que castiga quem mora em Ponta Grossa. Na manhã desta segunda-feira, até o Exército foi chamado para dar suporte aos moradores que estavam sem energia elétrica. O medo era de que as casas fossem assaltadas.

Conforme a prefeitura, desta vez, os residenciais Amália I e II e Ibirapuera foram os mais prejudicados.

Moradores da Vila Cipa, do Jardim Europa, na Maria Otília, e da Vila Curitiba, todos localizados na zona sul da cidade, também foram prejudicados.

Tudo perdido
“A minha destruiu inteirinha, sobrou só o banheiro. Nunca tinha visto uma situação assim”, conta a dona de casa Janilce da Fonseca. Os destroços das casas ficaram espalhados pelo chão e o amontoado de entulho era visto de longe. O trabalho das empresas e dos moradores para tentar consertar os estragos parecia não ter fim.

A dona de casa Lucilene Ramos estava desolada e, com o filho no colo, via destruída a casa que tanto esperou. “A gente perdeu tudo, tudo o que você imaginar. Não tem nada”, relata. Nas ruas, havia poste caído em carro, telhados inteiros arrancados e com a estrutura metálica de cobertura toda retorcida.

Em um lar de meninos, as aulas foram suspensas devido aos estragos nas salas e no ginásio. Só no terreno, perto de 30 árvores com mais de dois metros de altura foram arrancadas pela raiz.

“Aqui, com a gente, estão crianças de abrigo diariamente e aquelas que vêm durante o dia. As atividades foram suspensas porque não temos condições”, conta o padre Vilmar Niedzialkoski.

Doações
Um ponto de atendimento às famílias foi montado em um dos locais mais atingidos. Elas se cadastravam e, depois, recebiam ajuda. Doações de colchões, roupas, alimentos e produtos de limpeza chegaram durante o dia todo.

As doações ainda podem ser feitas; elas devem ser entregues na sede do Serviço de Obras Sociais (SOS), na rua Joaquim Nabuco, 59 (atrás do Shopping Palladium), ou na Base da Guarda Municipal, na rua Freud, 129, na Maria Otília.