Liminar garante aula para estudantes de odontologia, mesmo com greve

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Clínicas odontológicas da UEPG voltam a funcionar na segunda (22) (Foto: Reprodução/RPC)Clínicas odontológicas da UEPG voltam a
funcionar na segunda (22) (Foto: Reprodução/RPC)

Alunos do último ano do curso de odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na região dos Campos Gerais do Paraná, conseguiram liminar na Justiça para manter as aulas mesmo durante a greve dos professores.

A paralisação começou no dia 22 de abril. Para não prejudicar os alunos, a UEPG suspendeu o calendário acadêmico no dia 19 de maio.

A chefe do departamento do curso de odontologia, Stella Kossatz Pereira, confirmou nesta quinta-feira (18) que o departamento vai cumprir a liminar. As aulas dos alunos do último ano retornam na segunda-feira (22). Para os demais alunos, as aulas continuam suspensas.

Ainda segundo Stella, com a liminar, as quatro clínicas odontológicas que funcionam no campus de Uvaranas e atendem os moradores cadastrados, voltam a funcionar com 100% da capacidade a partir de segunda. Desde o início da paralisação, somente 30% do serviço foram mantidos.

Os acadêmicos dos últimos anos de medicina obtiveram liminar no fim de maio. Já os alunos do último ano de direito também conseguiram decisão judicial para manter as aulas durante a greve, no início de junho. A alegação é que a paralisação dos docentes não pode prejudicar a conclusão dos cursos, bem como o atendimento à população através dos projetos de extensão dos departamentos.

A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg) informou, em nota, que as liminares afetam a direção da universidade. “A liminar, portanto, é direcionada à direção da universidade e não aos professores. Ordenar a abertura do calendário para o último ano dos cursos não constitui, em hipótese alguma, ordem para que cada professor, individualmente, retorne à sala de aula”, afirma o sindicato.

A nota informa ainda: “Sendo assim, trata-se de uma decisão pessoal do docente em entrar em sala ou não. O Sinduepg coloca seu departamento jurídico à disposição dos docentes que desejem ter mais informações sobre essa decisão”.

Conforme Stella, se os professores do último ano não comparecerem às salas de aulas a partir de segunda, o departamento vai chamar outros docentes do curso, que não aderiram à paralisação, para ministrar as aulas.