Seis pessoas foram presas em Cianorte, no noroeste do Paraná, suspeitas de adulterar cilindros de oxigênio hospitalar nesta sexta-feira (11). As prisões são uma continuação da operação Cilindros, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no fim de novembro.
Segundo o Gaeco, os suspeitos são funcionários de uma empresa que foi fechada pela Justiça no dia 30 de novembro por comercializar oxigênio industrial como hospitalar.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os empresários, que estão presos desde então, orientavam os trabalhadores a continuar fraudando os cilindros. As orientações eram repassadas de dentro da cadeia de Maringá.
“Os próprios patrões orientavam os funcionários a continuar com a prática ilegal. Eles continuavam pintando os cilindros de verde e tentavam vender o oxigênio industrial como hospitalar”, explica o promotor Laércio Januário. "Temos ligações telefônicas que comprovam a prática", diz.
No fim de novembro, o Gaeco realizou uma operação em 35 cidades do norte e noroeste do estado para combater a adulteração de oxigênio hospitalar. Foram presas sete pessoas, cinco em flagrante. Além disso, foram expedidos 56 mandados de busca e apreensão, sendo dois de prisão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Na quinta-feira (10), o Gaeco também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos mesmos empresários e na empresa deles em Cianorte. Foram apreendidos documentos, duas armas de fogo e munição.
Os empresários e os funcionários devem responder por associação criminosa, crime contra relação do consumo e contra a saúde pública, ainda conforme o MP-PR.