Economista comenta a crise no campo mesmo com safra recorde

Noticias de Guarapuava

A safra de soja foi recorde este ano no Paraná. Alcançou um volume de quase 17 milhões de toneladas, produção 16% maior que a anterior. A área plantada também cresceu 4%. Mas, o preço dos grãos, em geral, baixou e está oscilando em relação aos últimos anos.

O dólar ajudou a subir as cotações entre a época de plantio e colheita.

 Só que, agora, a moeda americana mais alta vai se tornar um problema para o produtor. "O que a gente recomenda é que o agricultor faça as suas contas direitinho, porque os custos de produção estão ficando mais caros", comenta Rodolpho Luiz Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava.  

A crise na cidade é sentida no campo. O combustível subiu e isso trouxe mais gastos para manter as máquinas trabalhando. Os fertilizantes, com preços baseados no dólar já têm um aumento de 30%. Mesmo acréscimo para os insumos.

O agricultor Cícero Lacerda se previne em meio a tantas incertezas. Ele plantou aveia e prepara a terra com calcário para a safra de trigo. Enquanto ele cuida do campo, os silos ainda estão cheios de trigo do ano passado e de soja deste ano esperando o melhor momento para venda. "Estou aguardando para ter um pouco mais de lucro, né? Porque tudo está ficando muito caros", explica. O economista Fernando Franco Netto dá a dica, "Eu penso que o mais importante é ter cautela, confiar na Ministra Kátia Abreu que falou o que virá no plano e, claro, fazer um rigoroso planejamento".