Paraná diminui índice de assassinato entre jovens de 12 a 18 anos

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Paraná ocupa a 15ª posição do ranking nacional que elenca os estados brasileiros com maior risco de morte para adolescentes entre 12 e 18 anos, de acordo com a 5ª edição do Índice de Homicídio na Adolescência (IHA), divulgada nesta quarta-feira (28). Em 2012, conforme o estudo, o índice no estado foi de 3,12 assassinatos para cada mil jovens.

O IHA caiu no Paraná.

O estado passou da 8ª, em 2010, para 15ª posição, em 2012. O levantamento é preparado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo Observatório de Favelas e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ).

Os dados mostram ainda que o risco para os adolescentes que vivem em Curitiba também diminuiu. A cidade passou da 9ª para a 20ª colocação – com IHA de 2,23 mortes para cada mil adolescentes.

A lista com as cidades, que não são capitais e possuem mais de 200 mil habitantes, traz três municípios paranaenses entre os mais perigosos: Foz do Iguaçu, no oeste do estado, conhecido pela violência característica de fronteira; Cascavel, também no oeste, e Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.

Foz do Iguaçu é a única cidade que já ingressava o ranking em 2010. Entretanto, ao se comparar com os últimos dados, percebe-se que o IHA diminuiu. A cidade caiu da 9ª posição para a 16ª. Já Colombo ocupa o 19ª lugar, e Cascavel a 20ª posição.

Quando se analisa os dados dos municípios com mais de 100 mil habitantes no Paraná, tem-se, por exemplo, Araucária, com IHA de 8,56, Almirante Tamandaré, com 4,69 e Pinhais, 5,21 para cada grupo de mil adolescentes.

O levantamento ainda traz comparações por região. No caso do Sul, o Paraná foi o estado que mais sofreu com a criminalidade envolvendo os adolescentes. No Rio Grande do Sul, a maior parte dos municípios, de acordo com a pesquisa, apresenta valores inferiores a dois adolescentes perdidos.

Já no Paraná, os municípios de Foz do Iguaçu, Cascavel, Araucária e Colombo são os casos mais complexo – o índice superou o patamar de seis adolescentes vítimas de homicídios a cada grupo de mil. Santa Catarina teve o menor IHA da região.

Estimativas
Para os técnicos responsáveis pelo levantamento, depois de um aumento no número de mortes de adolescentes entre 2010 e 2011, o IHA caiu em 2012, contrariando a tendência de quase todas as outras regiões e ajudando a moderar um pouco o valor nacional. Em uma perspectiva futura, são esperadas, segundo a pesquisa, de 2013 a 2019, 3.854 mortes de jovens antes do 19º aniversário. A estimativa nacional é de 42 mortes.