No primeiro semestre, o volume de apreensões cresceu 22% no estado. Cigarros e eletrônicos paraguaios lideram a lista dos produtos mais comuns....
De janeiro a junho deste ano, o volume dos objetos contrabandeados e apreendidos pelos órgãos de fiscalização somou R$ 138 milhões no Paraná. Isso significa que a quantidade foi 22% maior do que a registrada no mesmo período de 2013. Se o contrabando seguir no mesmo rítmo, a estimativa da Associação Brasileira de Combate à Fiscalização (ABCF) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) é de que o estado deixe de arrecadar mais de R$ 700 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) até o fim do ano. Os dados foram divulgados na quarta-feira (23).
Conforme o levantamento, o estado paranaense é um dos mais prejudicados pela ação dos contrabandistas por ter extensa fronteira seca e o Lago de Itaipu, que acaba sendo utilizado pelos criminosos. Os objetos vem, principalmente, do Paraguai sendo que cigarros, eletrônicos e veículos representam mais de 80% do total das apreensões registradas no primeiro semestre.
Entre os municípios fronteiriços, 13 são citados como os mais comprometidos pelo contrabando. Destes, seis são no Paraná: Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Toledo, Cascavel, Medianeira e Foz do Iguaçu - que por ser cidade gêmea à Ciudad Del Este é considerada uma das principais portas de entrada de contrabando da região.
Cigarro e a saúde
Já são conhecidos os malefícios que o cigarro faz a saúde. Ainda assim, uma pesquisa realizada nos últimos anos pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) mostrou que a composição dos cigarros contrabandeados é ainda mais danosa ao organismo humano. Foram identificados insetos, areia, terra, pelos, plásticos e fungos em cinco marcas de origem paraguaia. A pesquisa foi realizada em parceria com a Receita Federal para que se desse o destino correto aos cigarros apreendidos, e por isso, a análise minuciosa foi necessária.