Problema atinge distrito de Areia Branca dos Assis, na Região de Curitiba. Diretora de escola precisa usar crédito do celular para ligar a pais de alunos....
As linhas de telefone fixo do distrito de Areia Branca dos Assis, em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, não funcionam há um mês. Os moradores da localidade dependem dos celulares para se comunicar. Quase mil famílias moram no distrito, e quase todo mundo está sem telefone fixo.
A diretora de uma escola Scheila Oliveira conta que precisa gastar os créditos do próprio celular para entrar em contato com os pais dos alunos e também para ligar para o Núcleo de Ensino. “Pra entrar em contato com pais de alunos, a gente tem esse compromisso. Um aluno passa mal, a gente quer conversar com um pai”, explica. Ela ainda diz que os créditos não serão reembolsados.
Outra moradora também reclama da situação. “A minha família é toda lá do Rio Grande, e eles ligam desesperados. Procuram saber no celular porque que eu não atendo”, relata a dona de casa Marli Picanha.
Os usuários que tentam contato com a única operadora que atende a região ouve uma promessa que até agora não foi cumprida. “Até as 10h do próximo dia essa falha será resolvida”, diz a diretora da escola sobre a resposta da operadora quanto ao problema. “Amanhã às 10h. A resposta é sempre essa”, reclama a aposentada Antonia Moreira.
O dono de um mercadinho do distrito, Maucir Donadelli, enfrenta ainda outro problema: a máquina de cartão de crédito ou de débito não funciona sem a linha telefônica. Os clientes precisam pagar tudo em dinheiro. Ele está tentando usar uma máquina sem fio, via internet, mas o sinal não pega bem. “Tem hora que pega, hora que não pega”, conta o dono do mercadinho.
A operadora Oi informou que raios queimaram cabos e deixaram o distrito sem telefone. A empresa alega que a concessionária que administra o trecho de rodovia que corta a localidade não autorizou o reparo dos cabos. A Oi informa ainda que conseguiu uma liminar e aguarda o cumprimento da ordem judicial para que os técnicos possam fazer o conserto dos cabos. Já a concessionária Autopista Planalto Sul informou que segue regras da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e aguarda a apresentação de um projeto para que o reparo seja autorizado. A Autopista Planalto Sul disse que ainda não foi notificada da decisão da Justiça.