Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da região dos Campos Gerais, no Paraná, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (6) e devem seguir em mobilização durante todo o dia.
Conforme a presidente, os docentes deveriam ter recebido o reajuste de 7,14% na folha de pagamento de outubro. “Na greve do ano passado, o governo definiu que este pagamento seria realizado em quatro parcelas, sempre no mês de outubro, sendo que a primeira foi paga logo após a paralisação. Já a parcela de 2013 ainda não veio”, comenta. Segundo ela, esta situação envolve todas as estaduais do Paraná. “As universidades de Londrina, Guarapuava e Cascavel também fizeram ou devem fazer mobilizações exigindo o pagamento”, comenta. Segundo ela, cerca de 7,5 mil professores trabalham nas estaduais, sendo que 903 pertencem a UEPG.
Às 17h desta quarta-feira, uma assembleia será realizada entre os docentes para votar um indicativo de greve para o fim do mês de novembro. A presidente do sindicato ainda informa que está sendo enviado um pedido formal ao governo do estado para que pague a parcela devida. “Caso o governo não pague, devemos entrar em greve antes das férias, podendo se prolongar até o início do ano letivo de 2014”, afirma.
Segundo Jeaneth, os serviços de atendimento à comunidade que envolvem os cursos de Medicina e Odontologia estão funcionando normalmente em Uvaranas. Já no campus Central, até a publicação desta reportagem, havia três salas de aula dos cursos de Administração e de Direito com professores que optaram por não aderir ao movimento.
A assessoria da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) do Paraná informou que o pagamento será efetuado no dia 30 de novembro retroativo a outubro. Segundo a Seti, devido ao limite prudencial que o governo está passando, foi necessário fazer uma reprogramação financeira. Com o pedido formal a ser elaborado pelos professores, o governo deve avaliar a possibilidade de fazer o pagamento em uma folha suplementar antes do novo prazo estabelecido.