Os deputados estaduais da CPI dos Pedágios apresentaram nesta terça-feira (3) um relatório mostrando que a implantação do pedágio nas estradas do Paraná pode ter custado mais do que deveria.
“As empresas concessionárias aceitaram a tarifa imposta pelo governo e apresentaram proposta comercial que legitima a tarifa. Nós pegamos investimentos dessa proposta e comparamos com dados do DER à época. Sobre preço de 100% a bases iniciais e 52% trabalhos a longo da concessão”, afirmou o deputado estadual Péricles de Mello (PT).
Os contratos foram assinados quando Jaime Lerner era governador do Paraná e, por isso, ele foi convidado a dar esclarecimentos à CPI. O ex-governador está viajando e ainda não informou se vai comparecer.
Na sessão desta terça-feira, os deputados decidiram pedir ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) que faça uma auditoria no pedágio. Eles também querem saber qual é a receita bruta das concessionárias.
“Tem empresas de pedágio que dizem que não é tudo isso que estão ganhando, tem informações que estão ganhando muito. Enfim, Nós precisamos saber a verdade”, disse o deputado estadual Douglas Fabrício (PPS).
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) contesta a denúncia de superfaturamento no valor das obras. Conforme a ABCR, o estudo é equivocado e inconsistente, além de induzir a conclusões erradas sobre os ganhos das concessionárias. A CPI do Pedágios convidou o secretário de Infraestrutura, José Richa Filho, para falar sobre as negociações dos contratos.