Sindicalista assumiu nesta quarta (4) vaga na Câmara de Ponta Grossa. Vaga pertencia a Ana Maria de Holleben, que renunciou na sexta-feira (30)....
O vereador Nilson Ribeiro (PT) tomou posse na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, na região central do Paraná, nesta quarta-feira (4). Ribeiro assumiu a vaga da ex-vereadora Ana Maria de Holleben (sem partido), investigada de forjar o próprio sequestro em janeiro de 2013 e que renunciou ao cargo no dia 30 de agosto. Já empossado, o novo vereador participou da votação de projetos na sessão desta quarta-feira. A Câmara ficou lotada de partidários e de pessoas da comunidade que acompanharam a cerimônia de posse.
Ana Maria de Holleben foi investigada após a acusação de ter forjado o próprio sequestro depois a cerimônia de posse no dia 1º de janeiro de 2013. Durante oito meses, a Câmara de Vereadores de Ponta Grossa investigou o caso, que provocou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e posteriormente uma Comissão Parlamentar Processante (CPP). O relatório da CPP foi entregue pelos vereadores integrantes no dia 28 de agosto. Os integrantes da comissão concluíram que houve quebra de decoro parlamentar. No dia 30 de agosto, data em que ocorreria a votação que definiria se o mandato da ex-vereadora deveria ser cassado ou não, a vereadora enviou, por meio do advogado, uma carta anunciando a renúncia.
O novo vereador pertence ao Partido dos Trabalhadores e também ocupa o cargo de presidente do Sindicato dos Vigilantes de Ponta Grossa. “Um dos nossos projetos é a qualificação da mão-de-obra para a cidade de Ponta Grossa. Nós temos muitas empresas vindo para a cidade e, infelizmente, nós não temos a mão-de-obra qualificada”, declarou Ribeiro.
O caso da ex-vereadora
Após análises dos parlamentares, três membros da CPP, Marcio Schirlo (PSB), Rogério Mioduski (PPS) e Julio Küller (PSD), pediram o arquivamento do relatório da investigação do caso de Ana Maria de Holleben, que foi derrubado em votação em 24 de junho, em sessão extraordinária. Foram 17 votos favoráveis a continuação das investigações contra três votos para o arquivamento. Os vereadores, então, fizeram um novo relatório, que apresentou a conclusão de que houve quebra de decoro parlamentar.
Fora da Câmara Municipal, o episódio passou pela Polícia Civil. Os investigadores concluíram que a vereadora forjou o próprio sequestro, apesar de ter negado as acusações. O caso também chegou a ir para a Justiça. No início de junho, a parlamentar fez um acordo e não vai responder por falsa comunicação de crime e fraude processual, já que as penas não somam mais de um ano de prisão. Ela cumpre em liberdade algumas condições impostas pela Justiça para que o caso não seja retomado.
Ana Maria também foi expulsa do Partido dos Trabalhadores (PT). No dia 8 de junho, a Comissão de Ética da legenda decidiu pela saída da parlamentar por estar “comprometendo o nome do partido”. A vereadora chegou a negociar a filiação com outras três legendas, mas até agora está sem partido.
FG_AUTHORS: João M. Nunes de Camargo