Lárus Luz produz máscaras e capacetes usando papel machê (Foto: Lárus Antunes/Arquivo Pessoal)
O estudante de arquitetura Lárus Baptista Antunes da Luz, 19 anos, de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, usa o tempo livre de uma forma criativa, produzindo máscaras e capacetes com papel machê.
Ele busca inspiração nos próprios desenhos, em filmes e em jogos eletrônicos.
“Sempre gostei de desenhar, mas foi em 2011 que fiz meu primeiro capacete em papel machê”, afirma. O papel machê é massa produzida com papel picado, água e cola. A produção foi usada para completar uma fantasia.

se especializar (Foto: Lárus Luz/Arquivo Pessoal)
O estudante não parou por aí. “Fui, aos poucos, aperfeiçoando a técnica, usando novidades, como as luzes de led”, afirma.
Uma das criações de Luz é um coelho com os olhos brilhantes baseado no filme “Donnie Darko”, produzido em 2001 nos Estados Unidos. “Eu gosto muito de assistir filmes, eles me inspiram bastante”, comenta Luz.
Outra produção do estudante é inspirada no jogo “Dead Space”, lançado em 2008 para retratar a luta contra uma infestação alienígena. A produção leva luzes de led.
O atelier de Luz funciona no próprio quarto na casa onde divide com a mãe e a irmã. “Já estão acostumadas com os recortes, com a cola e com a bagunça”, brinca.

finalizada (Foto: Lárus Luz/Arquivo Pessoal)
Ele usa materiais comprados nas lojas de Ponta Grossa, como folhas em EVA, tatame, papelão, cola quente e muito jornal. “Quase não preciso comprar porque aqui em casa costumam ler bastante jornal”, diz.
Grana
Aos poucos, o hobby virou uma forma de ganhar dinheiro. Atualmente, Luz produz máscaras, capacetes e até objetos de decoração por encomenda. Ele cobra a partir de R$ 150 por peça.
O estudante disse que nem precisou anunciar o dom. “Fiquei conhecido de boca em boca mesmo, alguém que fez e gostou me indica para as outras pessoas”, aponta.
Ele recebe as orientações do cliente ao atender as encomendas, desenha a produção e, em seguida, começa a dar vida ao objeto. “Às vezes, eu modifico um pouco a ideia original, converso com a pessoa sobre o que pode mudar”, comenta Luz.
Luz estuda de manhã e faz estágio à tarde. Ele se dedica à produção artística cinco horas por noite. Cada produção leva, em média, um mês para ficar pronta. “Eu quero me especializar e levar isso à frente, é um objetivo meu”, considera.
O curso, neste caso, é um aliado. “A arquitetura ajuda muito a criar, você se solta bastante”, acredita.
