Grupo está no local há 24 horas e pede mais atenção por parte do governo. Eles se reuniram com vice-reitor da universidade nesta terça-feira....
Estudantes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em Guarapuava, região central do Paraná, ocupam o hall de entrada do campus Santa Cruz desde a noite de segunda-feira (12). Eles alegam, em nota, que protestam contra a falta de atenção com o ensino superior por parte do governo do estadual. O vice-reitor da Unicentro, Osmar Ambrósio de Souza, se reuniu com os manifestantes na tarde desta terça-feira (13) para tentar solucionar os problemas.
Os jovens querem pressionar o governo para tentar alcançar várias pautas. A principal delas é a criação do Restaurante Universitário (RU) estatizado. Os estudantes também pedem pela nomeação imediata de 60 professores que há dois anos prestaram o concurso público, cobram a contratação de mais professores colaboradores e pedem a abertura de um concurso público para a contratação de novos funcionários.
De acordo com o vice-reitor, os estudantes querem falar diretamente com o governador do estado, Beto Richa (PSDB), e a universidade vai tentar intermediar a conversa. Quanto ao RU, Souza revelou que a Unicentro deve readequar o espaço físico do restaurante e, em 2014, deve abrir nova licitação para a abertura de um novo restaurante privado dentro do campus Santa Cruz. O vice-reitor informou ainda que a universidade vai auxiliar os estudantes a montarem um projeto, mas que depende do governo estadual para efetivar as mudanças.
Início dos protestos
Entre os dias 8 e 9 de agosto, os estudantes ficaram acampados cerca de 24 horas no campus Santa Cruz. Uma reunião entre os manifestantes e com o então secretário de ciência, tecnologia e ensino superior, Alípio Leal, chegou a ser agendada, mas na sexta-feira (9), Leal pediu exoneração do cargo.
O diretor do campus, Ademir Juracy Fanfa Ribas, afirma que estatização do restaurante da Unicentro é uma batalha coletiva. "A universidade é uma das mais jovens do estado e por isso, acabou ficando sem um RU estatizado como é em Londrina, em Maringá e em Ponta Grossa”, explica. Ribas explica que não será fácil atender a essa reivindicação, já que a universidade precisa de recursos não só para a implantação de um novo modelo de RU, como para a contratação de mais funcionários.
Além da melhoria do RU da Unicentro, a vice-secretária do DCE, Gabriela Fernandes, conta que a manifestação envolve outras discussões. “Nós precisamos que materiais para os cursos sejam comprados, que os laboratórios tenham saída de emergência, melhorias para o curso de Medicina Veterinária. A universidade está sucateada”, comenta.