La Paz, 4 set (EFE).- A polícia da Bolívia deteve nesta quarta-feira por várias horas no aeroporto da cidade de Santa Cruz o advogado boliviano e ex-presidente da Câmara dos Deputados Luis Vásquez, um dos assessores do opositor Roger Pinto, quando embarcaria rumo ao Brasil, denunciou o próprio jurista....
La Paz, 4 set (EFE).- A polícia da Bolívia deteve nesta quarta-feira por várias horas no aeroporto da cidade de Santa Cruz o advogado boliviano e ex-presidente da Câmara dos Deputados Luis Vásquez, um dos assessores do opositor Roger Pinto, quando embarcaria rumo ao Brasil, denunciou o próprio jurista.
Vásquez disse à imprensa local que ia ao Brasil para se reunir com o senador, mas ele e sua bagagem foram retidos e alvo de várias inspeções, inclusive por parte da força policial antidroga.
Segundo ele, os agentes buscavam um elemento que justificasse a detenção e falaram de uma suspeita de que ele levava malas diplomáticas de um diplomata brasileiro e que buscavam dinheiro em quantidade.
"Há um afã persecutório", disse Vásquez, que também declarou que sentiu medo ao ver que funcionários governamentais e policiais "estão armando este tipo de coisas com motivos por trás" e que só foi detido porque é advogado de Roger Pinto.
Após o incidente, Vásquez afirmou que provavelmente não deve viajar em breve ao Brasil, onde assessoraria o senador opositor, que no dia 23 de agosto deixou a embaixada brasileira em La Paz, onde estava há quase 15 meses, e fugiu para Brasília.
As autoridades policiais e do Ministério de Governo ainda não deram explicações sobre o ocorrido com Vásquez que, segundo a imprensa de Santa Cruz, ficou detido por cerca de sete horas em uma sala do terminal aéreo de Santa Cruz.
O opositor saiu da Bolívia sem o salvo-conduto necessário por parte do governo do presidente Evo Morales e com ajuda de funcionários da embaixada brasileira.
O fato provocou um atrito diplomático entre os dois países, embora Morales já tenha dado o incidente como superado, após se reunir na semana passada com a presidente Dilma Rousseff.
O opositor alega ser um perseguido político por ter denunciado supostos vínculos de funcionários governamentais bolivianos com o narcotráfico, mas o governo do país andino rejeita essa versão e argumenta que o senador tem contas pendentes com a Justiça por corrupção. EFE