Faculdades particulares investem em programas de financiamento no PR

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Universitários de Guarapuava, na região central do Paraná, que não conseguiram aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação, têm chance de continuar estudado. Para não perder alunos, faculdades particulares do município estão investindo em programas internos de financiamento.

Jaqueline Patykowski Franco mudou de Irati, também na região central do estado, para Guarapuava para fazer o curso de psicologia em uma faculdade particular.

Além dos gastos com aluguel, comida e transporte, ela paga a mensalidade, que é de R$ 836. A estudante tentou o Fies, mas, como muitos estudantes, não conseguiu aderir ao programa.

O Ministério da Educação estima que cerca de 180 mil pessoas tentaram fazer o primeiro contrato em 2015 e não conseguiram. “Pesa muito. Aí a faculdade disponibilizou um financiamento interno. A gente está tentando para ver se ajuda um pouco”, diz. Jaqueline está na fila para ser avaliada. O programa financia em até 75% da mensalidade, enquanto o Fies pode financiar em até 100%.

“Preocupados com a diminuição do número de alunos, com a manutenção dos estudantes na instituição e com a inserção deles no ensino superior, nós ampliamos o número de financiamentos internos”, diz a procuradora institucional Elizania Caldas Faria. Ainda segundo ela, devido ao Fies, a quantidade de financiamentos internos quase dobrou.

Luiz Henrique Regiani já conseguiu o financiamento na faculdade para continuar estudando. Ele entrou agora no curso de administração e não quer parar. “O único problema é que a faculdade só financia em 50% a mensalidade e o Fies, em até 100%”, afirma.

Para todo o ano de 2015, o orçamento do Fies para novos contratos era de R$ 2,5 bilhões. Segundo o Ministério da Educação, a verba foi gasta para atender mais de 252 mil novos contratos fechados até abril. Alguns alunos tiveram problemas com sistema e, depois, não foram mais aceitos por falta de dinheiro disponível.

Jaqueline e Luiz continuam estudando e não vão desistir, apesar das dificuldades. “Acho que grande parte dos problemas que estão acontecendo são por causa da educação. Se a gente que está estudando parar, aí os problemas vão aumentar. Então, vamos fazer a nossa parte”, afirma Jaqueline.

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