Iapar começa a publicar alertas de geada para a região do PR

Hoje

Começa a ser publicado nesta sexta-feira (8) o Alerta Geada, um boletim diário feito pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e pelo Instituto Simepar com as previsões metereológicas na região cafeeira do Paraná.

Entre maio e setembro, pesquisadores acompanham as condições de clima e tempo do estado e publicam, diariamente, informações relevantes aos produtores de café paranaenses.

Os informativos podem ser acessados no site da Iapar ou no do Simepar. Os cadastros para quem quer recebê-los por e-mail e por mensagem de celular também são feitos por meio da internet.

No caso de aproximidação de massas de ar frio, com potencial para a formação de geadas que possam causar danos às lavouras, o sistema emitirá um alerta preliminar para técnicos e produtores cadastrados, por e-mail ou SMS. Caso o fenômeno se confirme, um outro aviso será enviado, 24 horas depois.

Precauções
O governo do estado recomenda que os cafeicultores que têm lavouras com idade entre seis e 24 meses amontoem terra no tronco dos cafeeiros - prática chamada pelos produtores de "chegamento de terra" - ainda em maio, para proteger as gemas e facilitar a rebrota, em caso de geada severa. A proteção deve ser retirada no fim do período frio, em meados de setembro, conforme a secretaria estadual.

Em plantios novos, de até seis meses de idade, a recomendação é simplesmente enterrar as mudas quando houver emissão do aviso de geada. Os viveiros devem ser abrigados com cobertura vegetal ou de plásticos. Nos dois casos, a proteção deve ser retirada quando o risco acabar.

Expectativa de um milhão de sacas
O Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Deral) estima que sejam produzidas um milhão de sacas de café em 2015, em uma área produtiva de 52,9 mil hectares.

Este ano, um hectare de café custará cerca de R$ 12 mil para ser implantado, calcula Paulo Franzini, economista do Deral. "Esse patrimônio pode ser protegido com baixo custo, considerando que a adoção das medidas de proteção exige apenas mão de obra", diz.