SC nega pedido de transferência de presos que fizeram rebelião no PR

Os homens participaram de rebelião na unidade paranaense entre segunda-feira (13) e quarta-feira (15). Segundo o Deap, após análise dos processos e histórico prisional dos dententos, o órgão não 'encontrou razões que justifiquem ou fundamentem suas transferências'.

A rebelião no Paraná durou 48 horas. Ao menos 29 presos foram transferidos para outras unidades daquele estado. A Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) foi parcialmente destruída durante a rebelião. Treze agentes penitenciários e diversos detentos foram feitos reféns. Ao todo, 19 presos ficaram feridos, a maioria com ferimentos leves, conforme a Polícia Militar (PM).

O diretor do Deap, Leandro Lima, justificou em nota a posição contrária em que alega cinco motivos para a recusa da ação. No documento, exemplifica que Santa Catarina possui o pedido de transferância para o Paraná de mais de 50 presos, sem resposta daquele estado, e que as transferências devem ser solicitadas oportunamente, e não apenas em momentos de crise.

O Deap ainda alega que se solidariza com a situação do estado vizinho, mas 'a exemplo de Santa Catarina, as crises devem ser enfrentadas internamente e, em casos extremos, solicitado o apoio ao Governo Federal'. O Deap de SC avalia que as ocorrências de rebelião no Paraná são 'demasiadamente frequentes e, a cada crise, novas vagas são solicitadas em Santa Catarina. Aceitar as transferências é estar conivente com a forma que vem sendo utilizada pelos presos paranaenses para conseguirem o atendimento a suas solicitações'.