Sumiço de combustível na Prefeitura de Matelândia será investigado

Noticias de Guarapuava

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) vai investigar o desaparecimento de aproximadamente 96 mil litros de combustíveis que estavam estocados pela Prefeitura de Matelândia, no oeste do Paraná, em 2012. Na época, o prefeito era Edson Antônio Primon (PMDB).

No início de 2013, quando Primon entregou o cargo para Rineu Menoncin (PP) os tanques tinham 25 mil litros de combustíveis, entre gasolina e óleo diesel, conforme o TCE-PR.

Uma quantidade menor que os quase 121 mil litros informados ao TCE-PR.

De acordo com o Tribunal, o ex-prefeito não explicou a diferença entre a quantidade informada e a que estava armazenada. Agora será feita uma apuração por meio de uma Tomada de Contas Extraordinária para apurar o que foi feito com o restante de combustível.

Contas desaprovadas
Segundo o TCE-PR, foi emitido um parecer pela desaprovação das contas municipais de 2012 por causa do desaparecimento do combustível e também pela terceirização ilegal de serviços jurídicos e de atividades de saúde e pela contratação sem licitação de empresas que prestaram serviços jurídicos e de contabilidade, que somaram mais de R$ 144 mil em 2012.

Por causa das irregularidades nas contas, o ex-prefeito recebeu seis multas, que somam quase R$ 8 mil. O atual prefeito foi multado em R$ 725,48, pelo atraso no envio de dados do sexto bimestre de 2012 ao Sistema de Informações Municipais (SIM) do Tribunal. Eles podem recorrer à decisão.

Após o julgamento do processo, o parecer prévio do TCE-PR será encaminhado à Câmara Municipal de Matelândia. A legislação determina que os vereadores façam o julgamento das contas do Executivo Municipal.

O chefe de gabinete da Prefeitura de Matelândia, Benin Renon, disse ao G1 que recorreram da multa e que houve uma falta de informações e por isso os dados foram enviados com atraso.

Ao G1, o ex-prefeito Edson Antônio Primon disse que houve falha no controle de combustíveis. "Fui o único prefeito de oeste do estado que implantou um sistema de GPS nas máquinas para não ter sumiço de combustíveis e também consegui diminuir o uso de combustível. Possivelmente houve uma falha de servidores que não deram baixa nos controles de estoque", explicou. Primom também informou que já entrou com uma ação para anular a decisão e fazer a defesa.