Diretor jurídico do Criciúma, Albert Zilli dos Santos, justifica que Thiago Heleno teria que fazer própria defesa porque estava ‘em sua vida particular’...
No que depender do Criciúma, o zagueiro Thiago Heleno vai ter que responder sozinho pela acusação de agressão e ameaça a um torcedor, durante a madrugada de sábado para domingo em casa noturna da capital do carvão. De acordo com o diretor jurídico do Tigre, Albert Zilli dos Santos, o jogador não estava em horário de trabalho e, por este motivo, não poderia requerer que o clube o representasse em caso de um processo gerado pelo incidante.
- O Thiago Heleno é um atleta que já vem treinando em separado (o que impossibilitaria uma medida disciplinar). Mesmo assim, o clube não vai defender o jogador. Ele teria que fazer sua própria defesa, até mesmo porque estava em um momento de sua vida particular, e não a serviço do clube. Vamos analisar ainda o teor do boletim de ocorrência, analisar toda a situação e ver qual providência será tomada – disse Zilli.
poderia ser demitido por justa causa
(Foto: João Lucas Cardoso)
O diretor jurídico do Criciúma ainda deve tratar do assunto com o departamento de futebol do Criciúma – que não se pronunciou sobre o fato. O clube também não emitiu nota oficial acerca do tema durante a segunda-feira. O jogador realiza treinamentos fora do grupo de atletas e o Tigre não o tem nos planos até o final da temporada, prazo de vigência de seu contrato.
Na madrugada de sábado para domingo, Thiago Heleno teria se sentido incomodado com o registro de J.S., de 32 anos, que fazia imagens por meio de um telefone celular do zagueiro entre amigos no camarote de uma boate no centro de Criciúma. O torcedor chegou a registrar um boletim de ocorrência por agressão e ameaça do jogador contra ele. Thiago Heleno afirmou que não chegou a encostar em J.S. e que a situação não passou de uma discussão.
O incidente, segundo o diretor jurídico do Carvoeiro não pode ser utilizado pelo clube para a rescisão de contrato, uma vez que o Tigre tem o desejo de desligar Thiago Heleno do Criciúma.
- Não é possível uma demissão por justa causa porque ele não estava em horário de trabalho e nem estava nas dependências do clube. As acusações no boletim de ocorrência também não podem ser usadas como argumentos para uma possível rescisão, do ponto de vista jurídico. Ainda vamos conversar com o departamento de futebol – afirmou Albert Zilli dos Santos.
(Foto: Reprodução)
Authors: João M. Nunes de Camargo