Observatório quer explicações sobre orçamento da Câmara de Maringá

"Temos um aumento de pessoal, a folha de pagamento terá um reajuste de no minímo 10%. Tivemos aumentos absurdos de energia, água e telefone. Esse orçamento é de despesas, podemos não gastar tudo isso. A nossa ideia é gastar o minímo possível", explica o presidente da Câmara Chico Caiana (PTB).

O Observatório Social quer saber onde será aplicado esses R$ 4 milhões a mais e se realmente o valor será revertido em benefícios para a comunidade.

"O que chamou a atenção do observatório é que esse reajuste de 25% se mostrou atípico da média de variação do orçamento da Câmara dos últimos anos. Nós não temos a informação de qual é a real destinação desse valor para 2016", argumenta a vice-presidente do Observatório Social, Giuliana Lenza.

O orçamento da Câmara é feito para prever os gastos com três despesas: pessoal, que é a folha de pagamento, custeio, que envolve contas de luz e manutenção em geral, e investimentos, destinado a realização de obras. O Legislativo informou que é nesse último item que está a justificativa para o aumento.

A reforma da Câmara deve sair do papel. Segundo o presidente Chico Caiana (PTB) o valor previsto para a obra é de R$ 2 milhões, será feita para adequar o prédio as normas de combate a incêndio e fazer adaptações para melhorar a acessibilidade.

"É uma despesa que nós não estamos inventando, o Corpo de Bombeiros pediu isso para que a Câmara tenha melhores condições de atender a população", pontua Caiana.

"Em um período que temos uma grande necessidade de ajuste fiscal, diminuição de gasto, nós temos que primar pela qualidade do gasto", destaca a vice-presidente do Observatório Social de Maringá.