Funcionários de hospitais estaduais do Paraná entraram em greve nesta quinta-feira (12). Segundo o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde (SindSaúde), trabalhadores de hospitais e regionais de saúde aderiram ao movimento.
As maiores paralisações, ainda conforme o SindSaúde, envolvem unidades de Londrina, Ponta Grossa, Cascavel e Francisco Beltrão.
O servidores dos hospitais engrossam a mobilização de outros trabalhadores da área da Saúde, de professores e outros funcionários da educação básica e dos docentes e técnico-administrativos das universidades estaduais que já haviam decretado greve. O descontentamento do funcionalismo público é reflexo de atrasos de pagamentos por parte do Executivo e também o pacote de medidas que tramita na Assembleia.
Em todos os hospitais estão sendo mantidos pelo menos 30% do atendimento, garante o sindicato. A assessoria de impensa da SindSaúde não soube dizer quantos funcionários aderiram ao movimento. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), um levantamento em todas as unidades do estado apontou que 2% dos servidores aderiram a greve, percentual considerado normal de faltas.
Ainda segundo o sindicato, o ato, entre outras reivindicações, é em protesto ao pacote de medidas encaminhado pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa, que corta algumas vantagens do funcionalismo público. As medidas, de acordo com o governo, tem o intuito de gerar economia e aumentar a arrecadação. Eles reivindicam também , além do pagamento de benefícios que estão atrasados. .
Em Londrina, no norte do estado, servidores dos hospitais da Zona Norte e da Zona Sul aderiram ao movimento. O Hospital Universitário (HU) de Londrina também está com o atendimento restrito desde terça-feira (10). Os servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) deflagraram greve, e a paralisação atinge todos os setores da instituição, incluindo os servidores lotados no hospital.
Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, até a manhã desta quinta-feira, poucos servidores estaduais da saúde haviam aderido à greve. Mesmo com a paralisação, os atendimentos no Hospital Regional de Ponta Grossa e na 3ª Regional de Saúde, por exemplo, seguem sendo realizados sem restrições.
Em Guarapuava, na região central do Paraná, todos os servidores estaduais da área da saúde estão trabalhando normalmente nesta quinta. Uma das justificativas para a não adesão à greve é o quadro restrito de funcionários, o que seria uma dificuldade no momento de manter o mínimo exigido de servidores trabalhando durante a greve. Em Guarapuava, ao todo são 102 servidores estaduais da saúde.
A Sesa reforçou que o Governo do Estado está aberto a dialogar com os representantes dos servidores da saúde, da mesma forma que ocorreu nos últimos quatro anos. Um dos resultados deste diálogo, segundo a Sesa, foi a implantação do quadro próprio dos servidores da saúde, uma reivindicação antiga da categoria.
'Pacotaço' será votado nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira, o novo requerimento para a formação da Comissão Geral será votado pelos deputados estaduais. Se aprovado, o chamado “pacotaço” – conjunto de medidas de austeridade proposto pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) – será analisado em um único dia.