Rodovia teve até 8 km de congestionamento, diz
polícia (Foto: Alberto D´Angele/ RPC Londrina)Mães e esposas de presos da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) liberaram a rodovia PR-445, em frente à unidade dois, por volta das 15h30 desta quarta-feira (28), segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
A manifestação durou cerca de 20 horas e terminou após com a Vara de Execuções Penais (VEP) para que um dos familiares acompanhe a visita da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores, na sexta-feira (30).
As mulheres fizeram um protesto contra a "falta de informações", segundo elas, sobre os presos que participaram da rebelião em 6 de outubro.
Desde a noite de terça-feira (27), elas interromperam o trânsito com pneus queimados, formando uma fila de até 8 quilômetros na rodovia, diz a polícia. Nenhuma ocorrência grave foi registrada durante o protesto.
Rebelião
Os presos da PEL II tomaram as alas, subiram nos telhados da unidade e fizeram 11 presos como reféns, em outubro. De acordo com o Depen, os amotinados reivindicavam melhores condições dentro do presídio. O motim durou 24 horas. Um preso foi jogado do telhado e morreu.
O Depen informou que dois terços da unidade poderão ser utilizados após a reforma da unidade, mas ainda não há previsão de quando o dinheiro para as obras será liberado. A estrutura de uma ala será reavaliada por engenheiros e só depois disso o Depen saberá se será viável realizar a reforma ou demolir o prédio.
No dia 23 de outubro, a Defensoria Pública do Paraná pediu a interdição da PEL II. Conforme o órgão, após a rebelião, a unidade não oferece segurança para detentos, agentes penitenciários e funcionários porque a estrutura foi danificada.