A polícia de Guarapuava procura uma mulher suspeita de tentar roubar um bebê de dois meses de idade após atear fogo na mãe, na manhã deste sábado (1º). O incêndio, que começou por volta das 10h, chamou a atenção dos vizinhos, que foram para a rua a tempo de ver a suspeita fugindo com a criança dentro de uma sacola.
“Eu corri atrás da mulher e catei ela por trás, na blusa, e segurei. Quando eu abri a sacola o neném estavam no meio das roupas”, contou uma vizinha, que preferiu não ser identificada. Os bombeiros foram chamados e controlaram o fogo na casa em 20 minutos, mas a mãe da criança foi encaminhada ao hospital com queimaduras graves por todo o corpo.
As investigações, até o momento, apontam que possivelmente foram duas mulheres que participaram da tentativa de roubo da criança, mas a informação ainda não foi confirmada. Elas teriam entrado na casa e colocado o menino de dois meses em uma mala cheia de roupas. Quando a mãe teria tentado impedir, ela foi ensopada por um líquido inflamável antes de ser incendiada pelas autoras do crime.
Segundo a polícia, um sobrinho da mãe do bebê, um menino de oito anos, tentou impedir a ação segurando a mala. Uma das mulheres, então, teria tirado um martelo da bolsa e acertado a nuca da criança. Ele não foi atingido pelas chamas, que se espalharam pela casa e consumiram toda a construção de madeira onde ocorreu o crime.
O menino de oito anos está internado no Hospital São Vicente, de Guarapuava, e não corre risco de morte, segundo a polícia. Já a mulher de 19 anos, mãe do bebê que quase foi roubado, está em estado grave no Hospital Santa Tereza, na mesma cidade. O bebê de dois meses não teve ferimentos e passa bem.
A Polícia Civil investiga agora quem são as mulheres que efetuaram a ação. Na mala onde estava o bebê, abandonada por elas no local, foram encontrados dois documentos de identidade. Eles são do estado de São Paulo, mas possivelmente são falsos, conforme informou a polícia.
Até o momento foi possível saber que as duas mulheres mantinham contato há algum tempo com a família. Elas prometiam emprego e ajuda à mulher, se passando por representantes de uma igreja. Os policiais esperam, agora, a mãe se recuperar para poder ouvir o depoimento dela e tentar obter mais pistas sobre as pessoas envolvidas na autoria do crime.