Prejuízo provocado pela seca no Paraná ultrapassa R$ 1,5 bilhão

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A estiagem que atingiu o Paraná nos meses de novembro e dezembro provocou um prejuízo de R$ 1,52 bilhão, segundo dados da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento. A queda da produção de 11,5% influi diretamente na economia do estado, uma vez que os grãos são o carro chefe da exportação paranaense.

No mês de dezembro, por exemplo, o regime de chuvas ficou abaixo da normalidade. Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), nas estações meteorológicas de Toledo, Campo Mourão, Maringá, Londrina e Francisco Beltrão choveu abaixo de 1/3 da média normal para o mês.

 

Soja (Foto: Jonas Oliveira/AENoticias)A soja é o principal grão cultivado no Paraná. Em 2011 houve recorde de produção. (Foto: Jonas Oliveira/AENoticias)

 

Apenas no cultivo da soja, que é principal grão produzido no estado, o prejuízo nesta primeira semana de janeiro é estimado em 1,42 milhão de toneladas que significam R$ 1,02 bilhão. O governo estadual esperava colher 14,15 milhões de toneladas. O economista do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Guarrido, explicou que a estimativa de produção do grão para este ano foi menor do que a verificada em 2011 porque a última safra foi considerada recorde. Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) mostram que no último ano, o estado produziu 15.438.375 toneladas de soja.

 

Em todo estado, a queda de produção é de 10%. Destaque para a região noroeste, onde se percebeu perdas mais acentuadas. Guarrido citou também a região de Francisco Beltrão, no sudoeste, como uma das mais delicadas com relação a estiagem.

 

A soja tem duas colheitas, sendo a que inicia no final de janeiro a mais significativa em termo de quantidade.

 

Depois da soja, o milho é o grão mais produzido no estado. E o prejuízo também é considerável. Segundo a Secretaria de Agricultura, nesta primeira safra, a previsão era colher 7,4 milhões de toneladas, 21% acima do volume obtido na safra passada, mas a produção deve atingir apenas 6,4 milhões de toneladas. Em valores financeiros estima-se um prejuízo de R$ 379,7 milhões.

 

No caso do feijão a estimativa de prejuízo chega a 19%. A produção inicialmente esperada era de 430.637 toneladas, porém, a ocorrência de temperaturas abaixo da e a estiagem comprometeram o potencial produtivo e a produção deve ficar próxima de 83 mil toneladas.

 

 

G1