Americano é condenado a 18 anos de prisão ao usar Wi-Fi para incriminar vizinhos

Segundo Matt e Bethany, o problema começou em agosto de 2008, dois dias depois de eles se mudarem para a vizinhança de Ardolf. O homem teria tentado beijar na boca o filho de 4 anos do casal, que então chamou a polícia. A partir de então, os Kostolnik quiseram distância de seu vizinho.

No início de 2009, Barry Ardolf criou uma conta de e-mail no nome de Matt Kostolnik e usou um software para descobrir a senha de seu roteador. Passou a enviar e-mails com a falsa conta, utilizando também a conexão Wi-Fi dos vizinhos. Os colegas de trabalho de Matt Kostolnik receberam, por exemplo, mensagens contendo palavras de tom sexual e imagens de pedofilia.

Depois que Ardolf fez ameaças via internet ao vice-presidente norte-americano, investigadores descobriram que ele estava usando o Wi-Fi da família vizinha. Uma busca em sua casa revelou a existência de mais de uma dúzia de computadores e equipamentos para armazenagem de dados, além de notas sobre endereços de e-mail, senhas, fotos e textos referentes às mensagens que havia mandado. O homem foi confrontado em 2010 e admitiu ter cometido os crimes.

“Meu marido e eu tivemos de explicar aos nossos filhos inocentes, muito cedo, que há pessoas ruins no mundo. E instrui-los a nunca ir ao quintal de Barry Ardolf”, disse Bethany, chorando, ao juiz Donovan Frank antes de ele dar a sentença. “Até ele ser preso, não passou um dia que eu não temi outro ataque.”