O prefeito de São Jorge do Oeste, no sudoeste do Paraná, Lori Gaio (PV), que renunciou ao cargo na terça-feira (5), vinha recebendo ameaças, afirmou nesta quarta (6) o vereador Edson Padreco Ribeiro (PSD), da base aliada.
“O prefeito quando se reunia com a gente e com a equipe de trabalho sempre falava das pressões e das ameaças que vinha recebendo. Ele contava que às vezes não dormia à noite e saía preocupado quando tinha que viajar. A família também tinha esta preocupação”, comentou Ribeiro ao lembrar que o filho de Gaio sofreu um atentado em abril. Na época o suspeito do crime foi preso e responde em liberdade.
Na carta entregue à Câmara, o prefeito, que permaneceu no cargo por 308 dias, alega que sai de “consciência tranquila e certeza de dever cumprido”. Gaio explica ainda que não aceita corrupção, e que, por isso, renunciou ao cargo de prefeito. “Sempre desejei um município livre da corrupção e injustiças, mas me sinto incapaz de exercer tal função”, justifica.
Ele diz ainda que vai deixar o cargo para voltar à função de agricultor. “Retorno à minha vida simples de agricultor, profissão que eu muito amo, acreditando, ainda, que posso, de outras maneiras, como cidadão de bem, contribuir para um município melhor”, observa. Eleito como 52% dos votos válidos, antes Gaio havia concorrido ao cargo de vereador, mas não havia se elegido.
O comando da prefeitura da cidade de 9 mil habitantes deve ficar a cargo do vice-prefeito Gilmar Paixão (PT).