Fiel ao Clube dos 13 na briga envolvendo os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro no triênio 2012/13/14, o Atlético coincidentemente será o time com menor exposição na tevê aberta neste ano. A tabela do primeiro turno da Série A aponta a transmissão de apenas uma partida.
Além do Atlético, São Paulo e Atlético-MG não se mostraram interessados até agora em negociar individualmente com a Globo, atual detentora dos direitos. Eles seguem ao lado do C13 e da Rede TV!, vencedora da licitação aberta pela entidade.
Em comparação com 2010, o São Paulo, que lidera o bloco, terá três partidas a menos transmitidas – 8 contra 5. Para efeito de comparação, os rivais paulistas Corinthians e Palmeiras terão, respectivamente, 16 e 12. Já o Galo mineiro aparecerá na tevê aberta apenas 3 vezes. O Internacional, que admitiu abrir negociações separadas, mas havia começado ao lado do C13, terá 4 jogos televisionados.
O único jogo do Furacão na grade de transmissões é contra o Corinthians, na Arena da Baixada. Ou seja, por ser em casa, os curitibanos não verão o Rubro-Negro em ação pela tevê aberta em nenhuma oportunidade no primeiro turno do Nacional.
O rival Coritiba, um dos primeiros a fechar com a Globo, terá sete jogos com sinal aberto, sendo quatro vezes para Curitiba e outras três apenas para as demais praças. É a quinta equipe de toda a Série A que mais aparecerá. Mais do que o Coxa, apenas Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Vasco.
O jornalista e especialista em gestão e marketing esportivo Erich Beting diz que não há como afirmar se tratar de uma retaliação por parte da Globo, mas concorda que os “fiéis” ao Clube dos 13 saíram perdendo. “É complicado dizer que esses times foram punidos, mas obviamente é estranho essa diminuição da exposição”, diz Beting. “Porém vale lembrar que isso é só para o primeiro turno. Se estiverem bem no campeonato, vão ter mais jogos transmitidos”, pondera.
Para ele, a menor visibilidade deve prejudicar o Atlético. Afinal, quanto menos o time é exposto, menos espaço tem os patrocinadores. “Eles não têm um retorno de visibilidade. Em futuras negociações, isso pode espantar investidores”, analisa.
A Gazeta do Povo tentou contato com o presidente atleticano, Marcos Malucelli, e com o vice de finanças do Furacão, Enio Fornea, para comentarem o assunto, mas os dirigentes não atenderam às ligações da reportagem. Desde a saída de Paulo César Verardi no fim do ano passado, ninguém ocupa a diretoria de marketing do clube. Por meio da assessoria de imprensa, o Atlético informou que não vai se manifestar sobre o tema enquanto as negociações relacionadas aos direitos de transmissão estiverem em andamento.
Gazeta do Povo